Como a empresa pode se tornar mais competitiva

As mídias impressas, TV e jornais vivem de notícias fortes, a maior parte negativas.  As manchetes que chamam mais atenção do público leitor ou que assiste Tv´s são as de impacto. É o que ocorre na grandes tragédias, em que a velocidade de cobertura é disputada por emissoras, jornais e revistas, como ocorreu recentemente com o helicóptero em que viajava o filho do governador de SP e o jato, em que estava o candidato a presidente na eleição anterior.

Existe crise no Brasil atualmente ?

Algumas manchetes vão dizer que SIM.  Que o reflexo das medidas econômicas adotadas pelo governo anterior, estão refletindo agora na economia como um todo, gerando um efeito dominó em vários setores, a começar pela indústria automobilística.    Mas o que está ocorrendo no setor automotivo, sempre favorecido pelos “lobbies” junto ao governo, que fez com que quase 90% do nosso transporte de itens produzidos seja rodoviário, sobre rodas, em detrimento de outras matrizes de transportes, é decorrência do próprio saturamento do mercado e falta de investimentos em infraestrutura, encarecendo os produtos brasileiros.      Tínhamos poucas montadoras até os anos 80 e 90 e apesar da falta de modelos mais modernos,  o trânsito andava, as pessoas iam e vinham de suas casas com menor esforço.

As demais montadoras que vieram nos anos seguintes, com estudos mostrando o potencial de nosso país, já chegaram com benefícios fiscais concedidos em larga escala e outras até com terrenos cedidos de graça pelos municípios ou governos de estados, sem contar o financiamento das obras.  Ou seja, saíram de seus países, onde as margens de lucro são minúsculas, para chegar ao “OÁSIS brasileiro”, com margens altíssimas, mercado em crescimento populacional e de renda, devido políticas sociais iniciadas no Governo anterior e expandidas no governo atual.

A tendência foi as montadoras trazerem seus modelos de luxo, para aproveitar o “boom” de novos ricos que surgia no país.  Por tabela outras tentavam fazer o mesmo com a “nova classe média” a partir dos programas sociais dos governos anterior e atual.   Virou festa, onde cada uma tentava pegar sua parte do bolo, seu “share de mercado” e a concorrência aparecia na mídia, jornais, revistas, TV´s, internet com suas ofertas, seus modelos, suas propagandas insinuantes.

A origem da crise foi nas Montadoras ?

Os bancos e financiadoras, algumas das próprias montadoras, vendo a oportunidade, abriram seus créditos e financiamentos ao público e temos hoje na capital paulista, mais carros que capacidade das ruas e avenidas em absorver tal movimento, nos horários de pico, principalmente entradas e saídas de bairros e rodovias.  O Trânsito se tornou “uma máquina maluca”, o transporte público continua capenga, com poucas opções e baixos investimentos, os ônibus vivem lotados, assim com os trens de subúrbio e metrôs.

Embarcados na onda do automobilismo, outros setores brasileiros iniciaram sua expansão, através de crescimento orgânico ou  fusões e aquisições, como  aconteceu com as maiores redes de supermercados e varejo.  Nomes antigos, como Ponto Frio e Casas Bahia, mudaram de nome, surgindo o GPA-Grupo Pão de Açúcar, hoje pertencente ao Grupo Cassino, da França.   A Sadia e Perdigão se fundiram, criando a BRF, uma das maiores do mundo em alimentos.  E surgiu os gigantes de proteínas, como a Marfrig e JBS, hoje grupos internacionais.  Montadoras pequenas foram absorvidas pelas maiores, que também se fundiram em alguns países, para ganhar escala, como a Ford Chrysler.

Mas o mercado começou a ficar saturado, a Gurgel sumiu pelo fracasso estratégico, os russos da LADA, saíram do país e seus modelos ultrapassados quase que sumiram de vista no mercado.

O mercado automotivo está saturado de fato e o reflexo começa agora a ser sentido nas montadoras, que demitem ou colocam em férias coletivas e outras alternativas seus funcionários, considerados excedentes pelo plano de produção anterior, das vacas gordas.   Na prática, as montadoras que vieram a partir do ano 2000 para o país, “nadaram de braçada”, enviaram milhões de lucros às suas matrizes no exterior e agora veio a fase de “vacas magras” e o corte não será na “gordura acumulada”, mas sim nos pontos mais frágeis do elo, como os colaboradores.  O jeito fácil de fazer ajustes de produção em relação ao mercado.

Chegou a hora dos ajustes, que já refletem na cadeia produtiva, onde as fábricas de componentes automotivos tem menor volume de encomendas e seus fornecedores a mesma situação.   O reflexo chega ao setor de autopeças, sejam fabricantes, distribuidores, atacadistas, lojas, todos terão seu volume de negócios reduzido pelo encolhimento de produção nas montadoras. É um efeito dominó.

Ainda existem as oficinas, que estão numa fase intermediária, já que seu movimento aumentou, com mais carros usados para consertar.  O motivo foi o aumento dos juros decretado pelo governo, os altos índices de inadimplência que fez bancos e financeiros aumentar o grau de exigências nos financiamentos.    Mas isso não é suficiente para levantar o mercado, na contra logística, da oficina até o fabricante de peças.   Com a queda do segmento automotivo, todos os demais setores, começando pelos fabricantes de autopeças, transportadoras e por tabela setores agregados, como cooperativas de transportes públicos ou escolares. As indústrias demitem, os comércios e varejos perdem movimento e também demitem.  Os restaurantes perdem clientes e alguns fecham.  E as pessoas começam a reduzir todos seus gastos em coisas que  não essenciais  para ajustar seus orçamentos.

Quem é o culpado pela situação atual ?

Os próprios governos, que pressionados pelo “lobby automotivo”, continuou a investir menos em modalidades como transporte ferroviário, um absurdo no país com bitolas diferentes em trechos das mesmas ferrovias.  E menos ainda no transporte “fluvial”, desprezando a enorme bacia hidrográfica com capacidade para isso. E para piorar, construíram hidroelétricas, com represas  sem comportas, que agora para adaptar vão custar milhões.  E para completar, na integração dos modais, em função dos investimentos pequenos em infraestrutura, quase não se tem competência, refletindo nos portos de Santos e Paranaguá, onde existem filas quilométricas, nas época das colheitas de soja e outros produtos.  O país abriu enormes fronteiras agrícolas e agropecuárias, na região do cerrado e até norte e nordeste, que hoje não tem por onde escoar sua produção. As ferrovias de cargas não são suficientes e os novos investimentos ainda patinam na briga pelo poder político, pela conveniente do momento dos partidos.  O governo não soube plantar, o país está colhendo os maus resultados e pagando hoje por isso e vai pagar mais alguns anos.

Algumas alternativas para sua empresa ter melhores resultados

Quando o “leite já foi derramado”, o conserto é mais difícil…..mas ficar parado é pior, esperar que o governo altere sua política econômica,  o carnaval, final de ano, é uma péssima alternativa. Melhor agir rápido e começar a corrigir as coisas para recuperar seus negócios.

Por outro lado, a maior parte dos negócios de todos os segmentos que estão tendo sérios problemas de mercado tem por trás situações similares, da falta de planejamento estratégico e sua revisão a cada período.  E também  processos organizacionais inadequados, nas PME principalmente.

Daí, estamos sugerindo alguns passos que podem ajudar as empresas de todos os setores a começar a recuperar o “terreno perdido”, a se preparar para épocas de margens mais justas e mercado mais competitivo:

  • Rever seu planejamento, a começar por um simples plano de negócios, até um planejamento estratégico mais elaborada, cobrindo os próximos 5 anos de atividade.  Poderá usar a matriz SWOT, analisando suas forças e fraquezas, ameaças e oportunidades em ambiente interno e externo. Outra boa ferramenta é a 5w3h onde através de questionamentos, você vai detectar ações corretivas.  What (o que, ou ação a ser tomada), Who (quem, ou responsável), Where (onde, local), When (quando, prazo), Why (por que, motivo), How (como, passo a passo da ação), How Much (quanto, custos), How Measure (como medir os kpí´s), incorporada recentemente. Para planejamento estratégico, existem também outros processos, como matriz CANVAS.
  • Organização geral, em todos os setores da gestão, para ter as informações da empresa na mão, sejam controles das atividades, relatórios analíticos, gráficos de indicadores de resultados (kpi´s).  Atualizar os sistemas gerenciais, sejam integrados como ERP´s, CRM´s e outros, ou mesmo, manuais, como planilhas Excel,  o importante é que atendam as necessidades do negócio, seja uma grande empresa ou PME.  Se for uma barraquinha de churrascos ao ar livre ou  um moderno “foodtruck”, todos precisam estar organizados para dar certo e ter bons resultados.
  • Mudar política da gestão de pessoas, investindo mais em capacitação, criando outras formas de remuneração para manter seus talentos internos, buscando movimentações como eventos e palestras dentro da empresa, para manter suas equipes motivadas, conscientizadas e engajadas na busca de resultados.   Não é questão de ganhar bem, para estar motivado, conscientizado, engajado, mas também das políticas de reconhecimento, da oportunidade de carreira, do nível de organização da empresa, de seus processos de trabalho onde o resultado tem que ser mais importante que as tarefas e seu controle rígido, da política de RH, que permite chegar a cargos mais altos na hierarquia.
  • Controlar com mais eficácia as finanças, desde as contas a receber e seus prazos, até as contas as pagar e seus vencimentos, criando controles diários e relatórios semanais, sejam em planilhas ou sistemas integrados (ERPs) e comparando as entradas de receitas com as saídas por períodos, para ter um balanço e saber quando vai faltar ou sobrar recursos. E com isso, poder negociar melhor eventuais recursos bancários, cujos custos irão reduzir mais suas margens finais, ficando sempre como alternativa.
  • Revisar os custos praticados, desde sua origem, nas fichas técnicas, até sua prática, quando incorporam a formação dos preços de vendas. Se os processos mudaram, em caso de indústrias e as fichas técnicas não foram atualizadas, chegou a hora de fazer isso e criar procedimentos para que a partir desse momento, tal ação seja automática.  Nos varejos e outros negócios, vale o mesmo procedimento, ocorreram mudanças nos valores, nos Custos Fixos ou Variáveis,  serão necessários fazer os ajustes dos custos  e preços formados, repassando a vendas.
  • Conferir e atualizar suas Tabelas de preços, já de acordo com os custos revisados, buscando uma forma de ter preços competitivos formados na sua própria empresa e não copiados de concorrentes do mercado. Cada empresa tem seus custos e se você copiar poderá estar reduzindo suas margens. E ninguém garante que o concorrente não esteja calculando errado, devidos custos imprecisos e falta de ações corretivas.
  • Investir em tecnologias mais avançadas, no caso das indústrias, já existem no mercado máquinas mais avançadas, que produzem mais no mesmo tempo, como um Torno CNC, hoje adotado nas grandes indústrias. Para as PME, buscar automação de processos, com os fornecedores do mercado, em grande expansão no momento.  Da mesma forma, a gestão das produções poderá ser feita “on line”, utilizando software MES em  fábricas, mas se puderem investir nisso, pode-se adotar a “gestão à vista”, com os indicadores (kpí´s) expostos dentro das fábricas, que tem dado certo e serve para PME. Isso serve também para processos como Kanban, que já tem sua versão eletrônica e controle do OEE, que mostra a soma das produtividades, sendo um indicador muito eficiente e usado atualmente.  Mas lembrar que tudo isso, não vai ter um efeito 100%,  sem ações corretivas, que podem ser tomadas em processos de T&D para aumento da produtividade pessoal, com redução do ciclo, mudança de posturas, atitudes e comportamento.  No caso de varejos e outros segmentos, já se usam processos automatizados, tanto na gestão, como nos depósitos e CD´s, permitindo controles e relatórios rapidamente, assim como movimentações de carga e descarga.  Os recursos chegaram, falta a eficácia na gestão para ter efetividade nos resultados.
  • Investir no treinamento e capacitação dos colaboradores, de todos os níveis, desde as lideranças até os operadores e pessoal da frente, sejam os vendedores, o pessoal dos caixas e atendimento de vendas interno.  Os melhores T&D ainda são os presenciais pela troca que permite entre as pessoas participantes, conduzidas pelo treinador.  Nós temos uma grande vivência nesses processos desde 1981, com centenas de empresas atendidas. Junte seu pessoal em sala presencial, coloque os problemas existentes para serem discutidos, contrate um bom T&D externo, que além de trazer bons resultados, vai também formar multiplicadores internos na sua empresa.
  • Investir em inovações, sejam de processos gerenciais, adotando novos procedimentos e metodologias, que podem ser feitas a partir de um PMR-projeto de melhorias de resultados, com uso de T&D para reciclar suas lideranças, formar Grupos de Produtividade e Custos, para adequar suas despesas, reduzir seus desperdícios, organizar seus processos internos, controlar suas movimentações de vendas e finanças, produção e produtividade.   Ou inovar com equipamentos mais eficazes e automação, no caso de indústrias de todos os portes.  Pode-se  também inovar em produtos ou investir mais em P&D (pesquisa e desenvolvimento), que no caso das PME, que não costumam ter esse setor, podem ser através de viagens ao exterior, visitas a Feiras de Negócios,  palestras e seminários.
  • Pedir ajuda a profissionais do mercado, consultorias especializadas na recuperação de empresas, consultorias empresariais que já tem esse tipo de vivência em projetos, de forma a ganhar tempo, para suas decisões corretivas. Tempo pode ser a diferença entre sobreviver e sair do mercado.  Para isso, estamos lhes oferecendo como cortesia, alguns recursos como Check-up de comércio, indústrias e serviços.

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Autor: Prof.João Mariano de Almeida, administrador de empresas, com pós em RH e mestrando em Gestão de Negócios, atuando desde 1981, em T&D (para formar e reciclar lideranças) e produtividade pessoal (redução dos ciclos das atividades).  É autor do kit de áudiolivros “As 10 Dicas para o Sucesso da Empresa Familiar”  e consultor da Métodos Consultoria Empresarial.

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