O Jeito Pessoal de ver as Coisas...
As pessoas tem o direito de ver as coisas pelo seu “olhar pessoal”, mas não de julgar o todo pelo “seu jeito de ver as coisas”…. Esse ditado serve para nossa vida pessoal, social, profissional e até para os negócios. Dizer, “não adianta investir no país porque ninguém sabe o que o governo vai fazer”, não vai solucionar a situação da empresa, nem do governo.
Entrar na turma que adota a política “Depois eu Faço”, tornando qualquer evento, seja social, político, religioso, festivo, como “muleta ou desculpa para não decidir” é um risco nos dias atuais de competição “cruel e constante” em todos os segmentos, mercados sem fronteiras, subsídios ou proteções. Você fabrica máquinas, pensa que tem tecnologia que não pode ser copiada, “dorme na sombra do sucesso” e de repente “acorda com o sol dos concorrentes sobre sua cabeça” e perde o mercado.
O empresário tem uma ótima rede de varejo, mas não acompanha as mudanças de tecnologia e comportamento por se sentir seguro pelo tamanho da empresa e tradição….é bem provável que aos poucos vai esvaziar suas lojas, suas prateleiras e depósitos e até “quebrar seu negócio”, como já ocorreu com varejos famosos no passado….. As mudanças não poupam nem as próprias consultorias empresariais, que precisam sempre atualizar seus processos para acompanhar os mercados e não reduzir suas bases de clientes. Essas mudanças valem para escolas, indústrias, comércios, serviços, Ongs, todo tipo de organização, social ou empresarial. É hora de agir e não de reagir, como mostram algumas notícias abaixo citadas.
Como Alguns Negócios Brasileiros são Vistos do Exterior
….”Estrangeiro já aposta na reestruturação de dívida de companhias BR…os investidores estrangeiros que compram bônus de companhias brasileiras emitidos no exterior já veem a possibilidade de uma grande parte delas reestruturarem as suas dívidas, incluindo-se empresas ligados ao governo, bancos, do setor de aço e minério de ferro e relacionadas às investigações da Operação lava Jato. E que grandes companhias como Petrobrás, CSN, OI, Odebrecht Oil & Gas Tb possam ter que restruturar seus passivos”….. (fonte: OESP-06/10/15 Caderno-Economia-B13-Negócios)..
Manter o Tamanho ou Ajustar os Ativos e Core Business?
O orgulho de ter uma empresa imensa, que por analogia podemos citar o “Grupo Matarazzo” no passado dos grandes grupos no país, já se tornou uma estratégia perigosa nestes tempos modernos. Os grandes barracões estão sendo abandonados em troca de espaços menores, às vezes alugados das empresas especializadas, onde se monta uma nova fábrica moderna, automatizada, com a metade de mão de obra anterior e custos mais competitivos.
Na grande São Paulo, há várias cidades com concentração de espaços logísticos e condomínios empresariais, com todos os recursos para uma indústria se estabelecer, sem o pesado “fardo do ativos imóveis” e com vantagens de localização. Da mesma forma, nos distritos industriais tradicionais, de cidades como Guarulhos e até no interior de São Paulo, pode-se notar muitos barracões gigantes com placas de aluga-se por que as empresas que os ocupavam buscaram locais menores e mais adequados.
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) é um exemplo de um grupo, que tinha investimentos em ativos fora do negócio básico de AÇO, agora procura reduzir seu endividamento, vendendo ativos não fundamentais e ajustando seu core business para os negócios básicos.
….”Terminal de Contêineres deve ser o primeiro ativo vendido pela CSN (Tecon) em Sepetiba…na sua lista de desinvestimentos. Capacidade de 400 mil containeres anuais…..Outros ativos : duas usinas hidrelétricas (Itá-29,5% divisa-SC-RS) e Usina Igarapava-SP (17,9%). Participação na Ferrovia MRS, além de imóveis oriundos da época da privatização da empresa e suas unidades de embalagens, a Prada e a Metalic, além da fatia na Usiminas. E da Siderúrgica portuguesa Lusosideer e Alemã Stahlwerk Thüringen GmbH, fatia d 20,69% na Usiminas……Vai Concentrar seu core business, de 5 negócios, para os principais, mineração e aço.O GRUPO LIBRA é um dos candidatos….. (fonte : OESP-06/10/15-pag.B13)
Algumas Gigantes Brasileiras Ocupando Espaço no Exterior
Muito se fala na mídia popular sobre os grupos JBS e BRF (ex-Sadia-Perdigão), mas algumas notícias mostram que estão no caminho certo. Nós somos um dos principais fornecedores de produtos agrícolas do mundo, mas exportados “in natura”, gerando mais receitas para os intermediários do que para o país, como ocorre com o café, que vai “in natura” para a Europa e voltava até há pouco como cápsulas, hoje mercado em ascensão e com fábricas em construção no país, pela Nestlé e outros fabricantes.
….” A MULTIPLICAÇÃO DAS CÁPSULAS….em 2013 eram 4……Em 2015, estima-se em 70 no país….mudando não só o mundo do Café, mas também o mercado brasileiro de café, a partir da queda da patente da fabricação de cápsulas para máquinas da Nespresso……( ABIC)…isso vai popularizar o expresso, segundo baristas e especialistas…..por ser prático, não exigir treinamento e evitar erros na hora de tirar o café……(fonte: ABIC, no jornal OESP-Caderno Paladar-22/10/15)
Tanto a JBS como a BRF, estão no caminho de ter lá fora suas fábricas, seus distribuidores, para colocar seus produtos com maior valor agregado, sem repassar aos intermediários parte dos lucros. É uma medida estratégica, que outros segmentos poderiam adotar. E ajudar o país a sair da exportação de matéria prima, para produtos com maior valor agregado….como dizia “seo Pedro lá no interior”….”eh, nóis manda o cobre e compra a panela”…..
...”BRF compra distribuidor de congelados no Catar ….National Import and Export (Qnie), para fortalecer sua atuação no Oriente Médio……depois da inauguração da sua primeira fábrica de alimentos processados em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, próximo do Catar….Em 2014 já havia comprado 75% do negócio de distribuição de congelados da Alysara Food no Kuwait. Projetando-se um crescimento na exportação de carne de frango de 5%, ganhando espaço deixado pelos EUA com abertura de novos mercados, atingindo 4,3 milhões de toneladas no fechamento do ano, um recorde que supera 2014. (fonte:OESP-06/10/15-Caderno Economia-B14).
Alguns Setores Ignoram a Crise e Continuam Crescendo
No mundo dos cosméticos, que nos últimos anos crescia a 2 dígitos, a “crise” não existe, porque negócios como as Lojas Ikesaki”, rede de megalojas de cosméticos da grande São Paulo, continuam a investir em novas lojas, mesmo com o crescimento em torno de 8% em 2015. E o fabricante Juquiti, do Grupo Silvio Santos segue o mesmo caminho, com mais produtos lançados, atuação forte em modelo semelhante ao da Natura, com suas revendedoras “porta-a-porta”, ocupando espaços maiores. E outros grupos brasileiros, como Natura e Boticário, grandes e expressivos, continuam a fazer lançamentos interessantes, para os públicos masculino ou feminino.
No segmento de TI (Tecnologia da Informação), novas funcionalidades agregam valor a sistemas e software corporativos de todas as naturezas, sejam o MES para gestão on line de fábricas, sejam os aplicados em redes de lojas e outros comércios, automatizando seus processos, para ganhos organizacionais e logísticos. As parcerias com os grandes players como SAP se tornam realidade para fornecedores menores de software de gestão, ampliando seus mercados. A cada dia, este setor lança uma novidade e se percebe seu crescimento junto a todos os segmentos, mesmo neste momento econômico do país.
Em doces e alimentos, fabricantes de todos os portes continuam agindo rápido para adaptar seus produtos aos novos consumidores e manter o mercado, criando embalagens para todas as situações, como as pequenas, para os consumidores que vivem sozinhos ou as gigantes para famílias. Isso já migrou também produtos de limpeza e outros setores.
Um remédio chamado TPA (trabalhar, perseverar, acreditar), que fez com que milhões de imigrantes que chegaram ao país sem recursos, enfrentando lavouras e condições pesadas de trabalho poderia ser a solução para retomarmos o protagonismo dos processos empresariais e fazer acontecer. Da mesma forma que os brasileiros que saem do país para outros lutam com energia total para obter ganhos e voltar vencedores, nós devemos lutar para retomar nosso lugar de país em crescimento e líder na América Latina.
Que tal adotar o TPA ? (trabalhar, perseverar, acreditar).
Autor : Prof.João Mariano de Almeida, administrador de empresas, com pós em RH e mestrando em Gestão de Negócios, consultor da Metodos Consultoria Empresarial, atuando desde 1981, em T&D (para formar e reciclar lideranças), produtividade pessoal (redução dos ciclos das atividades), produtividade empresarial (processos, problemas, decisões), inteligência de mercado (rever marketing, expandir vendas).
É autor do kit de áudiolivros “As 10 Dicas para o Sucesso da Empresa Familiar” e consultor da Métodos Consultoria Empresarial.
Consultoria empresarial
Consultoria Empresarial é um serviço que oferece soluções que podem ser aplicadas em todos os negócios, porque não importa o tamanho, sejam pequenos, médios ou grandes, sempre haverá oportunidades para evoluir na gestão das empresas.
Consultoria empresarial em São Paulo
Uma Consultoria Empresarial em São Paulo reúne “especialistas” em áreas ou segmentos de atuação das empresas clientes, com um conhecimento abrangente e experiências anteriores em projetos.